Qualquer lata enferrujada se enche de pedregulho Se solta ladeira abaixo ela também faz barulho Só comigo tu não faz que eu não vou no teu embrulho Eu não arroto grandeza sou o cantor da pobreza E tenho raiva de orgulho
Tu és gaúcho fingido eu já te conheço bem Tu diz que faz, mas não faz tu diz que tem, mas não tem Tu diz que briga com dez tu não brigas com ninguém Eu tenho de pouca fé tu diz que és guapo e não é Tu diz que vem e não vem
(E é melhor tu ficar com a narina, não é nanico? Tu anda meio enferrujado, rapaz)
Colega seu te comprar pelo teu preço real E vender pelo que pensa tua fraqueza mental Que vale cem vezes mais eu arrumo o capital Depois se termina o choro vendendo a preço de ouro E comprando por metal
(Aí vem a parte lucrativa, mas não é nada nanico)
Com isso eu não perdo tempo eu quero é judiar de ti Quando estiveres num circo não vai faltar um guri Que grite assim desse jeito: Nanico escapa daqui Enquanto tu tem saude que aqui não tem quem te ajude E o Gildo vem vindo aí
(Hahá, eu tô chegando)
É assim que eu faço gato atravessar o banhado Perder o medo da áugua e cruzar o rio a nado E se ele tiver sorte de não morrer afogado Eu vou dar uma de lontra quando ele sair me encontra Esperando do outro lado
(Volta pra trás com essa adaga, nanico vai vendê isso)
por nelson de campos
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2283657 Fonograma #2499671