É bem assim que se dança nos fandangos da minha terra Um dia eu e o mano se ressolvemo um passeio e fomos apreciar um baile na Estancia Campo do Meio
meu irmão foi num cavalo que era flor de rodeio era um tostado castanho, um pingo de bom tamanho de confiança nos arreio
Eu fui num cavalo preto de acordo com a noite escura e o pingo solto de patas que era uma formosura se acaso eu e meu mano fizesse alguma loucura e botasse a vida em jogo os pingos soltavam fogo do rompão das ferradura
Quando chegamos na estância o baile estava animado no galho duma figueira deixei meu cavalo atado cheguei e paguei entrada, entrei muito entusiasmado e fui tirando meu pala e apartando um par da sala e dançando um xote marcado
Meu irmão dançou com a loira e eu dançei com a morena saí no ouvido dela chorando que dava pena meu irmão também com a outra repetia a mesma cena nõs os quatro agarradinho, parecia dois barquinhos,
quando as águas tão serena quando foi de madrugada estava tudo combinado pra uma saltar no preto e a outra no tostado
Saímos na noite escura olhando o céu estrelado oigatê noivado lindo quando sol vinha surgindo chegamo em casa atrasado e eu disse pra minha mãe, a senhora tem visita
De hoje em diante mamãe estas duas senhoritas lhe obedecem como sogra, a Terezinha e a Rita desculpe a nossa bobagem é que homem feio e sem coragem não possui mulher bonita
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2283585 Fonograma #2499763