Não reconheço mais Quem me olha no reflexo Uma estranha que nasceu tarde demais Sozinha e real demais Uma estranha que nasceu na insegurança E sempre na condicional, na condicional
Eu amo e odeio que você tenha sido Meu único e mais forte laço Esse laço que virou nó Essa agonia que me deixa só Essa música que eu não consigo mais ouvir Lugares onde não consigo mais ir Condições que não me deixam mais sorrir
Essa vida que eu não consigo mais viver Essas lágrimas que eu não consigo mais conter Com ou sem você
Esse ar que eu não consigo mais respirar Essa dor que não me deixa continuar E nem voltar
Essa encruzilhada que dá no mesmo fim E que não vai Se concluir
Eu te amo mas a gente não se cabe mais Eu te amo mas a gente não sorri mais Sem caber em condições Sem condições
Não sei se consegue me entender Mas partir foi a coisa mais dolorosa que já tive que fazer Eu te amo mas a gente não sabe mais sorrir Sem condições pra refletir Eu te amo mas eu odeio que não sejamos Incondicionais
E agora não me sobrou mais nada Só essa poesia cantada, meu violão E essa voz de choro desafinada O luto, a sensibilidade, a solidão, a insatisfação A indignação, a indecisão, o abandono, a melancolia Que me matam um pouco Todos os dias Todos Os Dias