Afirme o pé companheiro, bambeia o nó da gravata Nos vamos cantar um pagode, que chegou na hora exata Por ai tem um caboclo, quando canta me maltrata Eu vou da minha resposta, que não é muito pacata Vou tratar meus inimigos do jeito que eles me trata
Tenho dó desse coitado, eu deixo que ele se bata Com sua língua nos dentes, com modas que desacata Na escada do sucesso, ele subiu dando rata A queda dele foi dura, no tombo quase se mata Não acerta mais um passo, esta jogado pras baratas
A verdade é cristalina, é igual água de cascata Essas modas de abate, é uma coisa muito chata Não falar mal dos colegas, é uma coisa mais sensata Esses violeiros invejosos, reclama da sorte ingrata Pros escravos da inveja, meu pagode é uma chibata
No lugar aonde eu canto, o povo todo me acata Sou querido das morenas, das loirinhas e das mulatas Ganhei medalhas de ouro, não contando as de prata O Brasil inteiro fala, dos violeiros eu sou a nata Onde eu canto meu pagode, meu sucesso é na batata
Sou um leão africano, quando dá um grito na mata Os bicho pequeno corre, igualzinho um vira-lata No lugar que pisa o leão, cachorro não põe a pata Nossa coroa de rei, quero ver quem arrebata Nossos laços de amizade, é um nó que não desata
Compositores: Lourival dos Santos (SOCINPRO), Moacyr dos Santos (SICAM)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2005 (11/Fev) e lançado em 2004 (15/Set)ECAD verificado obra #2483889 e fonograma #836426 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM