Certo dia eu vi um ateu Com um vigário em discussão Inventou que as image Era tudo uma ilusão
Se estas imagem falasse Causava admiração Como as imagem não fala Não passa de tapeação
O vigário respondeu Vai pra lá cabeça dura Tu bem mostra que não leu A sagrada escritura
Quem não ama o retrato Não quer bem a criatura Quando morre vai pro inferno E o corpo pra sepurtura
As imagem seu vigário É vocês mesmo que faz Pra vendê lá no comércio E aumentar seus capitais
É uma coisa que eu condeno E não vorto rasto atrás Pra encher barriga de padre Meu dinheiro é que não vai
O vigário respondeu Você deve compreendê Que a vida de um padre Quarqué um não pode tê
Se você é um farrista Os padre não pode sê Nossa vida é jejuar E rezá pra lhe valê
O ateu disse pro padre Não se zangue não se torre Eu queria só um tostão Cada frango que ocês come
Eu conheço muitos padre São igual a quarqué home De dia são sacerdote De noite são lobisome
O vigário disse veja Com que conversa que vem Devia ser arrancada A marvada língua que tem
Pois quem fala már de um padre Faz um pecado também Todo sacerdote ensina Só o caminho do bem
O ateu virou e disse Padre comigo é nos pés São que nem dono de casa Não perdoá os alugueis
Quando nasce cobra trinta Quando morre cento e dez A missa dos sete dia É quatrocentos mirréis
O padre deu uma resposta Que venceu o adversário Nenhum padre não lhe obriga Entregar o seu salário
Mas na hora da sua morte Vocês pega no rosário Pra podê tá bem com Deus Já manda chamá o vigário
Compositores: Francisco Gottardi (Sulino) (SOCINPRO), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) (UBC)ECAD verificado obra #43108780 em 19/Jun/2024 com dados da UBEM