Um boiadeiro sem alma Quando a cruz encontrava Pela beira dos caminhos Com desprezo ele arrancava Se encontrava vela acesa Sorrindo ele apagava Jogava o cavalo em cima Com a cruz estraçalhava Uma noite numa estrada Uma cruz ele encontrou Quando tentou arrancar No braço da cruz pegou Aquela cruz de madeira Num homem se transformou O vulto dentro da noite Em sua frente ficou O vulto falou meu filho Não pratique isso mais Você tentou arrancar A cruz de seu próprio pai Porque aqui eu morri Há muitos anos atrás Na palma de sua mão Meu nome gravado vai
O boiadeiro de susto Caiu no chão desmaiado Acordou no outro dia Pensou que tinha sonhado Mas chorou arrependido Quando ele viu confirmado Na palma de sua mão O nome do pai gravado
E aquele boiadeiro Que não tinha religião Desse dia em diante Mudou de opinião Para a alma de seu pai Ele faz sua oração E se encontra uma cruz Rezando pede perdão
Compositores: Gentil Rossi (SICAM), Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 2006 (28/Set) e lançado em 1998 (30/Abr)ECAD verificado obra #1389056 e fonograma #1087142 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM