Zilo e Zalo

Rei do Gado

Zilo e Zalo

Em Modas de Viola - Vol. I


Num bar de Ribeirão Preto
eu vi com os meus olhos esta passagem
Quando champanha corria a rodo
no alto meio da grafinagem
Nisto chegou um peão
trazendo na testa o pó da viagem
Pro garçom ele pediu uma pinga
que era pra rebater a friagem

Levantou o almofadinha
e falou pro dono eu tenho uma fé
Quando um caboclo que não se enxerga
num lugar deste vem por os pés
Senhor que é proprietário
deve barrar a entrada de qualquer
E principalmente nessa ocasião
que está presente o Rei do Café

Foi uma sarva de parmas
gritaram viva pro fazendeiro
Que tem bilhões de pés de café
por este rico chão brasileiro
Sua safra é uma potência
em nosso mercado e no estrangeiro
Portanto vejam que este ambiente
não é pra qualquer tipo rampeiro

Com um modo bem cortês
responde o peão pra rapaziada
Essa riqueza não me assusta
topo e aposto qualquer parada
Cada pé de café
eu amarro um boi da minha invernada
E pra encerrar o assunto eu garanto
que ainda me sobra uma boiada

Foi um silêncio profundo
o peão deixou o povo mais pasmado
Pagando a pinga com mil cruzeiro
disse garçom pra guardar o trocado
Quem quiser meu endereço
que não se faça de arrogado
É só chegar lá em Andradina
e perguntar pelo rei do gado

Compositor: Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira)
ECAD: Obra #6823 Fonograma #12895243

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