Mesmo sabendo que era contra a lei divina um certo homem sem piedade foi embora Deixou a esposa e um filhinho entre soluços E foi pra longe por esse mundo afora E foi assim que longos anos se passaram em sua casa ele não mais regressou o seu filhinho foi crescendo ficou homem e no colégio para padre se formou
Um grande roubo os jornais anunciaram Foi assaltado numa noite de verão Um grande banco numa rua da cidade Mas a polícia prendeu um velho ladrão E como sempre a justiça foi severa Logo o juiz deu a triste condenação E aquele que deixou seu lar um dia Iria agora residir numa prisão
Lá no presídio o condenado ia vivendo Arrependido ele chorava todo dia Lembrava agora do filhinho e da esposa Que a muitos anos por sua culpa não via Em uma noite muito fria e chuvosa O prisioneiro com o guarda foi falar Estou morrendo por piedade me socorra Chame um padre que eu quero me confessar
Naquela noite quando o padre foi chegando Acompanhado por um de seus coroinhas Na agonia o prisioneiro foi dizendo Eu morro triste é muito grande a culpa minha A longos anos por capricho e por vaidade Abandonei minha familia sem razão Se Deus do céu fizesse hoje um milagre Pra ver agora meu filhinho do coração
Ouvindo isso o padre foi ajoelhando Beijou o rosto daquele homem querido Aquele velho que morria era seu pai Que Deus do céu ali os dois tinha unido O padre disse chorando que nem criança A sua esposa a muito tempo já morreu Ela era minha maezinha adorada Você é pai e o seu filho sou eu
Compositor: Leonildo Sachi (Leo Canhoto) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2015 (11/Mai) e lançado em 2005 (11/Mai)ECAD verificado obra #3997 e fonograma #11355438 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM