A saudade aliou-se a lembrança, Me trouxe a infância que longe deixei Vi saudoso o jogo de bola Na porta da escola a onde estudei Na estrada cheia de poeira A velha porteira abri e passei Mesmo sendo num dia de frio Nas águas do rio feliz me banhei.
Ao passar a curva da pedreira Depois da porteira vi o casarão Bem perfeita e bem conservada Estava a escada e pedra sabão Muitas coisas ali recordei Assim que entrei no velho porão Vi uma aranha fugindo assustada Buscando morada no piso do chão.
Fui lavar meu rosto na bica Quem bem perto fica dos pés de bambus Suas moitas imensas e lindas Abrigam ainda centenas de anus A corruíra trazendo cisquinhos Fazia seu ninho no velho paiol E nas quedas da cachoeira Formavam arco-íris nas tardes de sol.
Nossa vida é um túnel extenso Começa imenso e estreita a saída O destino e moleque travesso A sinas às vezes se torna bandida. Eu confesso voltei magoado Mexer no passado abriu uma ferida A distancia guiou a saudade Roubo por maldade a ilusão de uma vida.
Compositores: Joao Batista de Almeida (J. Almeida) (ABRAMUS), Luiz de Castro (ABRAMUS)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 2004 (20/Jan) e lançado em 2003 (01/Nov)ECAD verificado obra #269115 e fonograma #670025 em 28/Out/2024 com dados da UBEM