Eu moro num canto triste Onde o rio faz um remanso Toda tarde eu penso a vida No terreiro do meu rancho
Olhando lá no banhado Jaburu parece ganso Cadorna pia macio E a perdiz pia de avanço, ai
A saudade me aperta Desde a hora em que eu levanto Desse pobre coração O suspiro sai de arranco
Quando me aperta a nervosa Choro mesmo, falo franco Tenho fé de ser feliz Estou sofrendo por enquanto, ai
Quando queima a camparia Forma um fumaceiro branco Onde vem as andorinhas Pro verão de canto a canto
Estas andorinhas pardas Que faz ninho no barranco Eu divido uma flor roxa No brilhar de um pirilampo, ai
O que mais me aborrece É quando floresce os campos Encosto a velha canoa Amarrada num barranco
Fico na porta do rancho Sentadinho no meu banco Passo a mão de vez em quando Nesses meus cabelos branco, ai
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho) (SBACEM), Lucio Rodrigues de Souza (Ze Carreiro) (SOCINPRO)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2009 (21/Set) e lançado em 2009ECAD verificado obra #26077 e fonograma #1594468 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM