Toda vez que eu faço moda, a passarada gorjeia Até as aves noturnas cantam mais pra lua cheia E a lua agradecida muita mais ainda clareia Minha viola afinada canta igual a uma sereia E o meu sertão vai sorrindo enquanto a gente ponteia
Faço parte desse quadro que a sorte me presenteia Sou filho da natureza mas me sinto um grão de areia Diante de tanta beleza a minha mente vagueia Por que será que ainda existe gente que odeia Sabendo que neste mundo só se colhe o que semeia
Quem nega que Deus existe é cego e se desnorteia Eu sinto a sua presença em tudo que me rodeia No bramido da cascata ao zumbido das abéia No ribeirão de água limpa que no vale serpenteia Até no A positivo que corre nas minhas veias
Lá fora a luz do luar no rancho luz de candeia A orquestra da natureza vem tocar na minha aldeia Urutau canta na mínima e o caburé na colcheia Sei que Deus é sertanejo e a minha fé não bambeia Glória ao pai do meu sertão na cidade a coisa é feia.
Compositor: Jose das Dores Fernandes (Ze Mulato) (AMAR)Publicado em 2005 (18/Mai) e lançado em 2005 (01/Mai)ECAD verificado obra #774326 e fonograma #853801 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM