Wagner Nunes
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Tostado Coronel

Wagner Nunes


Na estância esmeralda
Onde foi meu parador
Me topei com um tostado malino e tastaviador
Calcei um par de garrão
E tapeei bem o meu chapéu
Pra montar neste malino
Que o patrão velho teatino
Batizou de coronel

Pra passar as garras no maula
Me custou a manhã inteira
Se estirava no palanque
Levantando a polvadeira
Alcei a perna ligeiro
E gritei pro meu patrão
Pode dar um tapa na fuça
Que eu tô de rédea na mão

Aprumei meu cerejeira, bem onde o catarro mora
E levantei o ventena, num pataço de espora
Me deu com a nuca na cara
Quase me desmaiou
Não sei como aconteceu
E o tostado me baixou
Nem vi como aconteceu
E o tostado me baixou
E é conta de mentiroso
Quem nunca tomou um pealo
Pois o tombo um dia chega
Pra quem lida de a cavalo
Bate a poeira da bombacha
E busca o mesmo retovo
Faz parte do ganha pão
Voltar pro lombo de novo

O tombo é parte da vida
Pra quem lida de a cavalo
E é conta de mentiroso
Dizer que nunca tomou um pealo
Meus amigos têm gente que se garante
Domando só nas racional
Mas quero ver meu parceiro
Se o senhor guenta o entrevero
Da velha doma tradicional

Me larguei riba do arreio
Brabo igual uma mamangava
Brabo também o tostado
Parece que adivinhava
Que o campo ia ser pequeno
Pro tamanho da peleia
E se parou estaqueado
Pressentindo a coisa feia

Se bombardeou pra os dois lados
Mirando o cano da bota
Um bufo se foi pra cima
E o outro buscando a volta
Inté parecia o diabo
Cuspindo fogo das ventas
Mas meu relho educava
Encharcado de água benta
Trompando frouxei lhe o bico
Endireitando o passo
Pois até o diabo se amansa
A baixo de rebencaço
Não me assusto e não me entrego
Esses são costumes meus
Pois só dobro os meus joelhos
Pedindo as bênçãos pra Deus

Letra enviada por null

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