Vulgo Qinho & Os Cara

Galo

Vulgo Qinho & Os Cara


Minha janela não tem
Pão de açúcar ou corcovado
O meu maior vizinho
É o cantagalo

Me misturo
Caio dentro
Faço o meio-campo
Tô a margem
Tô por dentro da cidade

Minha janela não tem
Pão de açúcar ou corcovado
Meu maior vizinho
É o cantagalo

Me misturo
Caio dentro
Faço o meio-campo
Tô a margem
Tô por dentro da cidade

E nunca me contento

*poema*
Das rachaduras da cidade
Traço retas linhas feições
Das rajadas de metralhadora
Extraio poesia perversões

Num guardanapo sujo
Um traço e um garrancho
Dão o tom de esperança
Amanhã será melhor

Fotos se desprendem da memória
Pneu velho queima mais devagar
Quantos amigos já morreram
O que há pra comemorar

Partes de uma cidade
Falling apart
Coloco-me a parte

Rasgo o poema em dois
Por entre os prédios admiro a paisagem

Preso na parede
Do pouco que me resta
É o guardanapo sujo que me faz sorrir
Ao acordar

Compositores: Omar Fernandes Braga Salomao, Marcus Coelho Coutinho (Qinho)
ECAD: Obra #3882003 Fonograma #1266189

Letra enviada por Omar Salomão

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