Volmir Martins
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Ataca as Égua Salvador

Volmir Martins


Na velha Venâncio Aires
Na minha pampa caudilha
Conheci o Salvador
Na estância da dona Otilha
Quando novo era um campeiro
E pro serviço não deu trégua
E agora velho cansado
Ficou ali encostado
Só pra cuidado com as égua

Salvador, ataca as égua
Ataca as égua, Salvador
Gritava a dona da estância
Na boca do corredor
{bis}

Guri é bicho medonho
Fizeram uma pataquada
Deixaram a porteira aberta
E espantaram a eguada
Foi então que a estancieira
Tomada pelo pavor
Vendo a tropilha estourada
Gritava desesperada
"Ataca as égua, Salvador. "

Salvador, ataca as égua
Ataca as égua, Salvador
Gritava a dona da estância
Na boca do corredor
{bis}

As vezes tenho saudade
Do tempo da minha infância
Da velha Venâncio Aires
Que hoje vivo a distância
Lembro do gado pastando
Da eguada relinchando
Do corredor e da poeira
Do Salvador pealando
Bem na boca da porteira

Salvador, ataca as égua
Ataca as égua, Salvador
Gritava a dona da estância
Na boca do corredor

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