Madrinha Ora, Lelê, tá doente? Ou tá com a cabeça quebrada? Minha Lelê precisava É de uma boa palmada
Cê tá querendo falar pra madrinha Que tá tão difícil assim de viver Logo eu que risquei a linha E assisti essa guerra nascer
Madrinha: Ê, vamo lá! Não era você que queria descobrir o mundo, Lelê? Pensou que ia sair voando sem rastejar, borboleta? Mexe isso aqui e presta atenção!
Madrinha Quando cai um trovão lá do céu E vem vindo um grande toró Quando tudo parece que vai dar errado E a vida te trata sem dó
Quando o mar está forte demais E a maré não te deixa entrar Quando as ondas resolvem brigar com você De uma coisa é preciso lembrar
Por mais que a tempestade Te ataca com tudo o que tem Lembre que logo ela há de passar No fim vai ficar tudo bem
Pra fazer massa boa, tem que sovar Pra pescar agulhão, tem que puxar Pra subir bem no topo de uma montanha Uma hora você vai ter falta de ar Pra ensopar os legumes, tem que colher Pra caçar o tapir, tem que correr Se a vida te dá uma fria Você não precisa sentar e chorar
Leila: Eu sei, Madrinha, mas os problemas são um pouco maiores do que isso... Não é tão simples assim
Madrinha Os problemas são de quem cria Essa vida é de quem não se rende Roma não se fez num só dia É errando que a gente aprende
Se a jornada é complicada Você tem que ser corajosa O que dá emoção pra estrada É a curva perigosa
Madrinha: Eu não sei aonde você quer chegar, Lelê, mas lembra que a vida pega atalhos quando seguimos o nosso coração
Tem muito mais se olhar além Leila Além de uma cerca ou de um muro Mesmo que o mundo queira me parar Vou correr atrás do meu futuro
Madrinha Pra fazer massa boa, tem que sovar Pra pescar agulhão, tem que puxar Pra subir bem no topo de uma montanha Uma hora você vai ter falta de ar Pra ensopar os legumes, tem que colher Pra caçar o tapir, tem que correr Se a vida te dá uma fria Você não precisa sentar e chorar
Tudo piora antes de melhorar Tudo piora antes de melhorar Tudo piora antes de melhorar