quem olha nos meus olhos não crê que eu apaguei o mundo e desci ao inferno pra ver o sol
um dia estive só com você só pra eu abrir mão de tudo e ceder meu destino pra um outro sol
não mereceu nem luto a morte da chuva eu quero um minuto de tudo não quero o que é muito de tudo
não mereceu meu susto a morte de deus crua eu quero meu susto mais fútil eu quero meu susto mais fútil
como é bonito o meu corpo sem órgãos se alimentar de uma porção de vidro o fim do que é sozinho é um brinde ao que se cala pra que toda arte exponha o que se partiu vai ser o auge do show meu sucesso irrelevante
não mereceu nem luto a morte da puta um féretro alegre no fundo o mais morto defunto do mundo
não mereceu nem susto a sorte de ser surdo eu quero meu susto mais fútil eu quero meu susto mais fútil
como é bonito o meu corpo sem órgãos se alimentar de uma porção de vidro o fim do que é sozinho é um brinde ao que se fala pra em toda parte o homem morrer de rir vai ser o auge do show quem padece é irrelevante
quem olha só com os olhos não vê o assunto que eu discuto é preciso um sentido que falta em nós
Compositor: Luiz Roberto Boettcher Cupertino (Beto Cupertino) ECAD: Obra #5146587