Violins
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Morte da Chuva

Violins


quem olha nos meus olhos não crê
que eu apaguei o mundo
e desci ao inferno pra ver o sol

um dia estive só com você
só pra eu abrir mão de tudo
e ceder meu destino pra um outro sol

não mereceu nem luto
a morte da chuva
eu quero um minuto de tudo
não quero o que é muito de tudo

não mereceu meu susto
a morte de deus crua
eu quero meu susto mais fútil
eu quero meu susto mais fútil

como é bonito o meu corpo sem órgãos
se alimentar de uma porção de vidro
o fim do que é sozinho
é um brinde ao que se cala
pra que toda arte
exponha o que se partiu
vai ser o auge do show
meu sucesso irrelevante

não mereceu nem luto
a morte da puta
um féretro alegre no fundo
o mais morto defunto do mundo

não mereceu nem susto
a sorte de ser surdo
eu quero meu susto mais fútil
eu quero meu susto mais fútil

como é bonito o meu corpo sem órgãos
se alimentar de uma porção de vidro
o fim do que é sozinho
é um brinde ao que se fala
pra em toda parte o homem morrer de rir
vai ser o auge do show
quem padece é irrelevante

quem olha só com os olhos não vê
o assunto que eu discuto
é preciso um sentido que falta em nós

Compositor: Luiz Roberto Boettcher Cupertino (Beto Cupertino)
ECAD: Obra #5146587

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