Um fado novo, um rap antigo, um vinho velho Garrafas com mensagens que eu não desprezo! Guanabara, mar adentro, Rio Tejo Falhas nas folhas falsas desse evangelho Eu: direto de um laico estado crítico, onde Extraem capital do espírito Onde o voto é um vazio mítico! Monte fardo, cego lado, alimento para o lírico Vai vendo! O que não é complicado é complexo Fim do léxico, fatos fakes, falta nexo Vários séculos, aguenta o baque! Nação edificada: sucessivo saque Golpe, destaque, morte, recalque! Mal do Mundo, Mal dos Trópicos: desfalque! Emburrecimento da massa Misto de interesse, raça E assim nascemos flor-de-lótus na lama da desgraça! Mas isso aqui. É pela aurora dos velhos tempos Porque assim cada Cabo da Tormenta se dobra! (Boa Esperança) Cobra-se a cada momento Já que a poesia é um caminho sem volta (sente) Rara rima. Arte que a areia leve enterre Somos frágeis porque a vida é breve No trânsito ácido das cidades Transito plácido afinal, sonhar é grátis E se o mar é a nossa grande prisão A Terra seria liberdade mas há maldade nesse chão Então mergulhei na língua crua de um destino incerto Naveguei tão longe a ponto de não enxergar (cegos) Vi um oceano azul, eles só viram deserto Apenas fui, ponte ergui, difícil de acreditar Era quântico o romântico cântico mas ainda hoje Somos versos que atravessam o Atlântico! (Sempre)
Porque no fundo é só o mar, somente o mar Que nos engole quando desejar, quando bem quiser Convide-o para jantar... Fale de sua fé mas não esqueça que ele veio te buscar! Enquanto formos livres nessa Terra cantaremos a prisão como laços da travessia Inventaremos uma Epopeia com o título "Pra Lusofonia Nasce Um Novo Dia"!
Numa ponta de oceano qualquer Na insignificância de qualquer sítio Observando a ousadia dos pássaros no meio do caos, na beira do cais E pensando em aproximar distantes É o exato momento em que a gente para Fecha os olhos, respira fundo E mergulha pra dentro de si mesmo E se o nosso coração é um coquetel molotov a gente cria coragem pra hackear tudo Absolutamente tudo aquilo que foi negado tudo que omitido, tudo o que nos foi roubado! E na Era da Pós-verdade Adamastor que nos aguarde A inversão das marés é questão de tempo Porque palavras podem confundir-se ao vento porém, também são de quem as ouve Logo... metade
Compositores: Gabriel Alves Marinho dos Santos (Gabriel Marinho), Vinicius Terra Luccas (Vinicius Terra), Paulo Canuto da Silva Tavares (Knuto) ECAD: Obra #24307331 Fonograma #19734672