Pela mulher que te perdoa todo dia Pelo patrão que te explora a força bruta E pela vida que te engole em goles rasos: Quem aqui será contrário à razão que Deus criou?
É pela força que se esvai em doses curtas É pela raiva que te queima o peito magro Por tudo aquilo que te prende à lama quente: Quem aqui será clemente à razão que Deus criou?
Pela gravata, pelo teu itinerário Pela ganância, pela lógica cristã Pela bravata e o bom senso do carrasco Por pelo menos uma lágrima de amor
É pela língua, pela pele e pelo pêlo. É pelo couro arrancado sem ter dó É pela brasa que te marca a carcaça Quem aqui não acha graça da razão que Deus criou?
É pelo solo que se racha ao toque da água E te lapida em caule seco: alma em pó Pelas questões de natureza bestial Quem aqui acha legal essa razão que Deus criou?
Pela chantagem, pelo teu estelionato Pelo Inato subornando tua visão Por tudo aquilo que de fato é real Quem aqui acha normal essa razão que Deus criou?
Em nome da guerra, Da honra E de tudo que convém: Em nome do pai, Do filho E do espírito de alguém.
Compositores: Vinicius Bezerra de Castro (Vinicius Castro), Danilo Mariano Pereira (Danilo Mariano) ECAD: Obra #4067911 Fonograma #1936777