De cara quando eu vi você Fiquei meio assim sem entender Teu jeito rebelde eu pude perceber Me pareceu meio assustada Assim como estouro da boiada Mas a doçura não deu pra esconder Eu tive certeza aquela hora De não te deixar mais ir embora Eu tinha um cantinho pra você ficar Alguma coisa gritou no peito Pra que eu me virasse e desse um jeito E assim no momento certo de laçar
Andorinha, busquei te buscar Passaria a vida a te amar
Às vezes chegava meio aflito Tentava abafar no peito o grito Você se escondia pra não me encontrar E nem dava a chance de eu chegar Olhar nos teus olhos e mostrar O tanto de amor que eu tinha pra te dar E quando eu olhei pro teu clarão Queria na fúria da paixão Guardar no teu peito a minha solidão
Pedi tua luz pra me guiar Como cego de amor te acompanhar Nas tuas mãos meu destino entregar
E eu sabia, sabiá, meu peito era feito pra te abrigar E hoje pousada no meu peito Teus olhos brilham do mesmo jeito Parece que a lua mora em teu olhar E a luz que ilumina uma cidade Luz de ternura e de bondade Que só me dá saudade de lembrar Me lembro a primeira vez, morena Teu lindo olhar valia a pena Corri o mundo todo pra encontrar Era um raio de luz divino Eu cometi o desatino De permitir um raio me cegar
Andorinha, sabiá Meu corpo é teu porto a te esperar
Traz teu sorriso e alma A paz e a calma pra me acarinhar Sem você, sem carinho Sou um passarinho fugido do ninho Com medo de amar Em nosso altar, nosso cantinho Desvenda o caminho Me chama a pousar É sede o que eu sinto Que brota em você A única fonte onde eu quero beber
Compositor: Oscar Henriques Bastos (Oscar Henriques) ECAD: Obra #2951804