Eu ouço histórias no ar Sobre o que já está para trás Mas há pouco que ficou gravado
Não ter tronco ou raiz É como não ter permissão para ser
Nosso nome se dissolveu Se anulou, mudou, se perdeu Mas não se apagou nenhuma pegada
Rastro preto de som e voz Vence o vento, mesmo que atroz Cada canto tece o chão da estrada
Mesmo sem clarear Vou à rua e toco o chão E nos grãos de terra e asfalto
Eu reconheço o pisar E o modelar das mãos De quem tudo ergue, sem se dizer
Eu ouço vozes no ar De discurso e de canção Fios da história que se cantam alto
Olhos sem sua matriz Que moldam tudo o que há para se ver
Nem o apagar da memória Vai nos tirar da História Nem o rasgar da memória Vai dos tirar da História Nem o queimar da memória Vai nos tirar da História
Nosso nome se dissolveu Se anulou, mudou, se perdeu Mas não se apagou nenhuma pegada
Rastro preto de som e voz Vence o vento, mesmo que atroz Cada canto tece o chão da estrada