Não há dor que sangre mais A devoção do coração No negror da cruz que ingratidão Toma a tua que não tem perdão Eu te juro sem temor Que tu não me tens amor Não me tens amor, bem sei Eu te juro e jurarei
Tu sorris por que razão De mim sorris? No jardim do coração infeliz Um buquê das minhas lágrimas, fiz Já te dei as rosas em que A minh'alma achei Se são flores lacrimosas São as rosas d'almas Que eu por ti chorei
O beijinho da traição Eu dei em ti talvez cruel Só porque cerraste o coração Transformou-se em um jasmim de fel Beijo dado sem amor É o licor de mais travor Sem perfume e sem valor Beijo assim não tem odor
Se tu tens de me esquecer Por que viver? Diz, ordena como hei de morrer E as vontades tuas hei de fazer Mas um beijo com prazer Tu tens de dar Quero após o beijo dado Nele sepultado e nunca mais beijar
Fui poeta sem querer Só para te obedecer Tu não tens, não tens temor de Deus Pois sorris dos pobres versos meus Vem um dia a compaixão Desta genuflexão Fui poeta sem querer Fui e sou e hei de ser
Compositores: Catulo da Paixao Cearence (Catulo da Paixao), Jose Kallut ECAD: Obra #1053616 Fonograma #2744903