Neste silêncio pensamento abre as asas campereando rimas num horizonte disperso E nas palavras que eu encontro além das casas vou transformando meus sentimentos em versos
É nessa lida que me sinto a vontade com a liberdade nos campos da poesia Na brisa calma da minha sensibilidade escuto o vento pra me inspirar melodias!
Adoço a lágrima dos olhos viageiros afago a dor da nostalgia na ilusão É bem menor a solidão do milongueiro que conta as mágoas para o próprio violão!
Na companhia desses versos e milongas homem vive, voa e canta qual cigarra Tempo veste a imensidão de estrada longa e a gente guarda a alma inteira na guitarra!
E a milonga vai surgindo desde então com um violão amadrinhando do seu jeito E os acordes, frutos dessa inspiração a bordonear tocando no fundo do peito!
É desse modo que a obra se completa seguindo os rumos do seu próprio corredor Essa milonga vai tornando-se repleta ardendo em chama na garganta do cantor!