Velho herói do volante na lida bem traquejado Tem passagem importante que marcou seu passado Na luta do dia-a-dia em suas longas jornadas Sua história se mistura na poeira da estrada Cortando serras e vales, veredas e chapadões Você foi um baluarte desbravador dos sertões O ronco do seu possante que se ouvia na lonjura Assustava o quero-quero na restinga de água pura
Enfrentando tempestade, sol, chuva, frio e vento Fez da sua profissão trabalho e divertimento Nos lugares que passou, nos mais distantes rincões Deixou marca de lembrança machucando corações Quando criança eu ficava com a vista muito atenta Vendo seu bruto rasgar a estrada lamacenta Depois a minha infância a minha grande paixão Era conhecer o mundo dirigindo um caminhão
Velho herói do volante que eu admiro tanto Sua vida é um poema de alegria e desencanto Eu nunca fui nem a sombra do homem que você foi Mais a paixão pela lida sempre dominou nós dois E hoje te vejo triste pensando em que sabe Deus Sinto a espora da saudade rasgar este peito meu Minha mente se transporta a um tempo que longe vai Pois esse herói do voante é você meu velho pai
Compositores: Francisco Gottardi (Sulino), Antonio Carlos da Silva (Dr. Antonio Carlos) ECAD: Obra #637025 Fonograma #392465