Voe, voe, voe bem alto o anjo de asas negras Voe, voe, voe tão alto o anjo de asas negras E ao clarear do meio-dia não se prenda à hipocrisia Muito menos a boemia do sossego do povo só vivente Seja sempre e siga em frente tente olhar para trás Não se esqueça da aprendizagem de sempre Que veio de tempos de seus ancestrais Seja você mesmo e siga em frente Por mais que te chamem de homem-morcego Por mais que chamem de louco diferente Saibas que estás à frente Enfrente com a mente esse viver E saibas quando parar E ao mesmo tempo saibas prosseguir, continuar Curtindo o ar curtindo o ar
Meus nervos agora já estão cansados De tantas pestanas tantas aberrações Na vida às vezes se enganam os fatos Que se transformam em ocasiões Não enganem nunca seus corações Seus corações pobres coitados Não enganem nunca seus corações ("Derundê derundê derundê undê Muana, Perovia pa xemba'e e mombe'ua")
Na minha visão obscura meu raio X ultrapassa as mentes Vejo as raízes que vejo pela frente As conclusões de seus caules São folhas sem plumares primaveras sem luares Suas vidas vi calmos Vi calmos, vi calmos, vi calmos de óculos...sem olhos