Alô, moçada, está chegando o mineiro Que não tem paradeiro e gosta de confusão Briga no tapa, telequete e pontapé Qualquer jeito que quiser pode vir que eu sou dos bons Eu não sou gordo sou até um magricelo Mas quando arranjo duelo fico todo ouriçado Hoje eu passo o cano da minha bota E muitos viram cambalhota Ficam no chão cochilando
Oh moçada quando eu chego na festa E encontro algum valente Eu quebro o meu chapéu na testa E fico bravo demais
Ontem a noite eu cheguei numa vendinha Pinga pimenta e farinha eu fiz a turma beber Pra tirar gosto dei besouro e mosquito Enfiados num palito todos teve que comer Eu dei rasteira derrubei eles no chão Dei até uns bofetões pra aprender me respeitar Sou bom de briga sou o mineiro machão Vai morar embaixo do chão quem vier me enfrentar
Eu sou valente sou bravo e perigoso Muitas vezes sou criminoso o meu prazer é matar O meu brasil de cada canto eu conheço Já virei me aos avessos fiz onça me carinhar Eu sou peitudo sou forte e violento Muito mais que o pensamento Falo e posso provar Sou valentão e comigo é assim Se alguém duvidar de mim Venha experimentar
Aqui nao cabritinho aqui oce berra fininho
Quero encontrar por esses dias com a morte Diz que ela é muito forte comigo vai embaraçar Quero ver nela um empurrao e uma rasteira Jogar nela uma poeira e seu pescoço decepar Eu sou mineiro me chamo barra pesada O meu braço é uma corrente minha mao é cadeado Deu tudo errado agora estou na prisao Acabou o valentao estou preso e algemado
Compositores: Carlos Alberto Mangabinha Ribeiro (Mangabinha) (SOCINPRO), Delfim Costa (Delmir) (SOCINPRO), Matildes de Oliveira Costa (Matilde) (ABRAMUS)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 1999 (05/Fev)ECAD verificado obra #61772 e fonograma #12521 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM