Mandacaru quando fulora na seca É o sinal que a chuva chega no sertão Toda menina que enjoa da boneca É sinal que o amor já chegou no coração
Meia comprida, não quer mais sapato baixo Vestido bem cintado, não quer mais vestir timão
Ela só quer (só pensa em namorar) Ela só quer (só pensa em namorar)
De manhã cedo, já tá pintada Só vive suspirando, sonhando acordada O pai leva ao doutor a filha adoentada Não come, nem estuda Não dorme, não quer nada
Ela só quer (só pensa em namorar) Ela só quer (só pensa em namorar)
Mas o doutor nem examina Chamando o pai de lado, lhe diz logo, em surdina O mal é da idade e que pra tal menina Não há um só remédio em toda a medicina
Ela só quer (só pensa em namorar) Ela só quer (só pensa em namorar)
Não boto a mão em buraco de tatu Que é muito perigoso, é preciso ter cuidado Lá dentro pode ter um cascavel, ou um urutu esperando com o bote armado Não bote a mão em buraco de tatu Que é muito perigoso, é preciso ter cuidado
Lá no meu roçado, no meio do mandiocal Tem muito buraco de tatu O meu irmão que é muito enxerido Botou a mão puxou um surucucu Bem feito, quem foi que te mandou Enfiar a mão no buraco do tatu, (2x)
Lá no meu pé de serra Deixei ficar meu coração Ai, que saudades tenho Eu vou voltar pro meu sertão
No meu roçado eu trabalhava todo dia Mas no meu rancho tinha tudo o que queria Lá se dançava quase toda quinta-feira Sanfona não faltava e tome xote a noite inteira
O xote é bom De se dançar A gente gruda na cabocla sem soltar Um passo lá Um outro cá Enquanto o fole tá tocando, tá gemendo, tá chorando Tá fungando, reclamando sem parar
Compositores: Humberto Cavalcanti Teixeira (Humberto Teixeira), Luiz Gonzaga do Nascimento (Gonzagao) ECAD: Obra #657411 Fonograma #658952