Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu preguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha Nem um pé de plantação Por falta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão
Por falta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Entonce eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração
Entonce eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas léguas Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na plantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração
Quando a lama virou pedra E Mandacaru secou Quando o Ribaçã de sede Bateu asa e voou Foi aí que eu vim me embora Carregando a minha dor Hoje eu mando um abraço Pra ti pequenina
Eta pau pereira Que em Princesa já roncou Eta Paraíba Muié macho sim sinhô Eta pau pereira Meu bodoque não quebrou Hoje eu mando Um abraço pra ti pequenina
Tudo em volta é só beleza Sol de Abril e a mata em flor Mas Assum Preto, cego dos olhos Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis)
Tarvez por ignorança Ou maldade das pió Furaro os olhos do Assum Preto Pra ele assim, ai, cantá mió (bis)
Assum Preto veve sorto Mas num pode avuá Mil vezes a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)
Assum Preto, o meu cantar É tão triste como o teu Também roubaro o meu amor Que era a luz, ai, dos olhos meus
A, bê, cê, dê Fê, guê, lê, mê Nê, pê, quê, rê Tê, vê e zê
Compositores: Jose de Souza Dantas Filho (Ze Dantas) (UBC), Luiz Gonzaga do Nascimento (Gonzagao) (UBC)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 1991 (01/Fev)ECAD verificado obra #398 e fonograma #10716 em 28/Out/2024 com dados da UBEM