Tribo da Periferia
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Dublê da Covardia

Tribo da Periferia

Tudo Nosso


Afirma lá
Minha arma tira a luz da minha cara Zé
Afinal à culpa é dela né
Ai doutor firmou, conforme for volto à ativa novamente
Um homicida em entrevista coletiva eu já sabia, acabaria nisso aqui
Acorda pra vida com os inimigos do amanhã
Fiz o que fiz ciente não ser feliz
Em contagem regressiva tudo que o sistema quis
Três, dois, um bum
Mais um maluco que confunde os parabéns com as lágrimas do luto
Desci o morro no subúrbio em noite acinzentada
Trombei uns louco lá no bar tomando uma gelada
Ainda vou cheguei, cumprimentei
Quando os moleque embaço com um papo lá que eu nem sei

Tá querendo ser doidão Zé cuidado com essas fita
O louco lá subiu aqui com uma 9 na cinta

E o que pegou?
Eu não tô sabendo de nada, eu tava fora
E tô chegando agora na quebrada

Tá o maior blá, blá, blá ai na área seu respeito
Diz que tu ia jogar maluco ai nem sei direito
Ó melhor tomar cuidado meu irmão
Fica ligado, pois qualquer passo em falso tu vai pro saco

Só se pode confiar em Deus
Só se pode confiar em Deus
Só se pode confiar em Deus
Só se pode confiar em Deus
Aí ele tava com uma arma pistola automática carregada
Esse ai num vale nada

Eu fiquei bolado
Caraí
Como pode por causa desses papos ai que muito louco morre
E eu não que não vou morrer de um "bagui" que eu desconheço
Vou catar o ferro ali, sei que a morte não mereço
Vou lá esclarecer, desci lá
Fui lá ver, não
Pensei comigo a quem vai entender
O louco lá diz que mata e desci aqui maquinado
O que ele quer? Coisa boa que não é
E sento o aço já pensou, logo eu notícia na favela
Guerreando com os moleque lá da minha própria quebra

Qual é parceiro pega o copo e sai dessa
Isso é papo do blefão liga não só conversa
Se fosse mesmo hoje eu ia lá pro frevo
Mais confiança em quem? Tem nem jeito
Eu vou pra casa esfriar a cabeça
E volto aqui ainda tomo uma gel antes do maluco vim
Maior lombra esquisito ó os moleque
Ou eu crivo ou então vou pra crepe
Os cara lá não fizeram nada em prol
Pois na roda só cabrito e na gel rohypnol

Só se pode confiar em Deus
Só se pode confiar em Deus
Só se pode confiar em Deus
Só se pode confiar em Deus
Aí ele tava com uma arma pistola automática carregada
Esse ai num vale nada

Eu já meio alucinado desci na rua adentro
Olhei pra cima, dois moleque de camelo veio descendo
Caraí, assustei é ele é agora né?
Peguei no ferro tá aqui o que cêis quer
Ainda vi os cabrito lá da quina só olhando
Os que se diziam amigo me alertando
Eu mal sabia que os moleque estava em paz
Era só papo do Judas pra me ver em alcatraz
Mas tarde demais, tarde demais
Dois corpos sangrando no chão e eu correndo com uma arma na mão
Passei por eles ainda riram de mim
A mentira dos amigos destruiu meu lado bom
Compositor: Luiz Fernando Correia da Silva (UBC)Editor: Sony Music Publishing (UBC)Publicado em 2020 (22/Set) e lançado em 2005 (10/Abr)ECAD verificado obra #20540741 e fonograma #22662635 em 21/Abr/2024 com dados da UBEM

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