Um olho na noite surge

Quando algo desperta

Na silenciosa esfera de nada criado

Mãe do tempo, ela respira

Invoca as folhas do outono

Girando a roda da história

Mudança constante é o seu nome

No vazio eu respiro

A vida enquanto me engole

Afundando na árvore oca

Da eternidade

Enquanto o inverno enterra a sua semente

Tempo - Outra mentira inevitável

Apanhada na ressaca da vida

Nós gravitamos para aniquilar

O carvão de nosso fogo

Ciclos de vida e estações

Gravuras de nossas conquistas

Esculpidas em éter e

Nos olhos daquele

Que traz a noite e o amanhecer

Tempo - Outra mentira inevitável

Apanhada na ressaca da vida

Nós gravitamos para aniquilar

O carvão de nosso fogo

Tempo - outro preço inevitável

Marés são minhas emoções

Água minhas lágrimas e gelo

É o tempo congelado

Guardados na lembrança de um suspiro

Tempo - outro

Preço inevitável

Pago quando o rio da vida

Em nossas veias secar

Os momentos finais

Que passam diante de nossos olhos

São tudo que levamos para nossas sepulturas