Me diga o que vale o caribe Ou fernando de noronha Perto da praia Da minha ampulheta Dei um drible Fugi do que tu sonha Não do a falha De lutar por essa treta So vou atrás do que quero Persistente como erva daninha Não suporto lero lero Quero voar como andorinha Elas não suportam inverno Saem de veraneio O gelo é mais insuportável que o inferno E o vácuo interior traz um frio sem freio Também não suporto rotina programação Vôo longe de qualquer automação Fugindo de tudo isso Me sinto solto Na festa junina me vesti de branco e soltei fogos de artifício Me julgaram louco Fazer o que se minha visão é um triângulo Nesse quebra cabeça Retangular Resolvi me enganar Pra que eu nunca esqueça De desconfiar E percebi que dependendo do angulo Surgem novas cores no degrade E preciso sensibilidade pra perceber Que o tempo acaba rápido tá escrito no dossiê Vou voar pra aproveitar essa viagem Porque no fim só se levam memorias na bagagem
Menestrel :
Mas eu vim direto do nada De um plano mal planejado De uma primeira viagem De um amor inacabado
Deitado no divã fazendo uma consulta Ou jogado em alto mar porque sentei na catapulta Cadê o meu remédio? preciso de um calmante Pato minha vida pra pensar por um instante
Mas porque que eu tenho que chorar? Um tiro no escuro pode matar quem dá luz O silêncio pode ser o que eu devo falar E um grande pecado não é uma grande cruz
Perdido nesse mundo levianamente louco Perdido em uma rua que fiz um caminho torto Esquecido na esquina onde o beco é oco Perdido nesse mundo onde tudo pra mim é pouco
Na eterna procura da libertação As paredes do medo já foram minha prisão O que era ontem não é hoje algo que se contorse Dele ganhei de full house com as 3 cartas do flop
Cai de paraquedas encima de uma oliveira Cantei nas suas folhas e quebrei uma barreira Me deu um bom vinho e sorriu pra mim Hoje é a planta que eu crio no meu jardim
Vesse:
Sem ar na vida, época que nunca chora Projetos e planos com o tempo vão embora As asas estão presas nesse chão de barro Caminho pra glória mas só se chega de carro Amor artificial, é fácil falar E raro encontrar amor que para no ar Satélite das cidades conhece todas as casas E sabe que tem azar quem não nasceu com asa Para ir p sul ou p norte 50 anos Passam como 5 e rapidamente a morte Entrei no avião e n paguei a passagem Será que e deus o piloto que tem o plano dessa viagem? Eu conheci a aeromoça que moça de aparência Eu guardei minha ciência e esperei a turbulência Não segure minha mão quando eu não quero eu não minto Me deixe voar e não afivele meu cinto Mas ela me enganou e não quis me falar Que eu ia ter que fazer escala em outro lugar Peguei meu para-quedas e quis soltar Voltei para o meu mar mas não voltei pra te amar