Como é que pode, a gente ser menino Ter sua coragem, traçar seu destino Sem pular o muro, trepar no coqueiro Ir no quarto escuro, mãe Me mete medo, mãe Me mete medo, mãe Me mete medo O bicho te pega, boi da cara preta Deus te castiga, medo de careta Boi da cara preta, mãe Me mete medo, mãe Me mete medo, mãe Me mete medo
Mas atravesse o escuro sem medo Atravesse o escuro sem medo Atravesse o escuro sem medo De repente a gente começa a crescer Quer uma mulher que não pode ser O pai quer matar, a mãe quer morrer Não dá pra ganhar, não dá pra perder Não dá A mulher se joga do alto do edificio Porque o mais fácil fica o mais dificil Fica o mais dificil Mas atravesse a vida sem medo Atravesse a vida sem medo Atravesse a vida sem medo
O perigo existe, faz parte do jogo Mas não fique triste, que viver é fogo Veja se resiste, comece de novo Comece de novo, comece de novo Ao cruzar a rua você está arriscando Pode estar na lua, pode estar amando Passa um caminhão, cruza uma perua O cara tá na dele, você tá na sua Você tá na sua, você tá na sua Mas atravesse a rua sem medo Atravesse a rua sem medo Atravesse a rua sem medo
Chega um belo dia de qualquer semana Alguém bate na porta, é um telegrama Ela está chamando, é um telegrama Ela está chamando, pra uns ela vem cedo Pra outros vem tarde É que cedo ou tarde, ela vem de repente Chega pro covarde, chega pro valente Só tem que ninguém gosta de ir na frente Gosta de ir na frente Gosta de ir na frente Gosta de ir na frente Mas atravesse a morte sem medo Atravesse a morte sem medo Atravesse a morte sem medo
[atheredrum]
Compositores: Antonio Pecci Filho (Toquinho), Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes (Vinicius de Moraes) ECAD: Obra #74251 Fonograma #594953