Tony Acosta
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Coplas para o assovio do vento

Tony Acosta


Na coxilha ao longe, aponta uma larga tropa lobuna
das nuvens que tormentosas se achegam trazendo chuva
na culatra, assoviando, o vento velho tropeiro
conduz a àgua "branqueando" o horizonte dos campeiros

por entre ramas e folhas, galopam fletes de rimas
esbarrando junto às primas e bordonas do aramado
campo afora, assoviando, o vento bom guitarrero
ponteia acordes de sonhos pro cantar do João-Barreiro

Chegando ao oitão do rancho, mil versos vão retouçar
que a pampa abençoa e os torna benditos
repontando coplas, o vento solito
é fonte perene pra quem quer cantar

As melenas dos salsos, alvorotadas escarceiam
traçando xucras rodilhas nas mansas àguas do açude
nas canhadas, assoviando, o vento mui campeiraço
amadrinha a rude lida junto aos tentos de um laço

e nas quinchas do galpão, no reatiçar do braseiro
no crepitar de faíscas, boleia a perna o parceiro
pelas frinchas, assoviando, o vento guapo estradeira
nos picumãs da memória do taura que chimarreia

Composição: Cristiano Ferreira / Cristiano Cezarino

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