Na coxilha ao longe, aponta uma larga tropa lobuna das nuvens que tormentosas se achegam trazendo chuva na culatra, assoviando, o vento velho tropeiro conduz a àgua "branqueando" o horizonte dos campeiros
por entre ramas e folhas, galopam fletes de rimas esbarrando junto às primas e bordonas do aramado campo afora, assoviando, o vento bom guitarrero ponteia acordes de sonhos pro cantar do João-Barreiro
Chegando ao oitão do rancho, mil versos vão retouçar que a pampa abençoa e os torna benditos repontando coplas, o vento solito é fonte perene pra quem quer cantar
As melenas dos salsos, alvorotadas escarceiam traçando xucras rodilhas nas mansas àguas do açude nas canhadas, assoviando, o vento mui campeiraço amadrinha a rude lida junto aos tentos de um laço
e nas quinchas do galpão, no reatiçar do braseiro no crepitar de faíscas, boleia a perna o parceiro pelas frinchas, assoviando, o vento guapo estradeira nos picumãs da memória do taura que chimarreia