Doutor delegado eu peço licença Na sua presença uma história contar Eu nao sou valente, não sou criminoso Mas sou melindroso na parte moral. Eu moro num rancho com a minha amada Na beira da estrada das águas de lá Da lida do gado eu volto cansado E fazendo agrado ela vem me abraçar.
Cheguei no meu rancho na boca da noite Achei a cabocla num canto a chorar Perguntei pra ela por que chora tanto Banhada em pranto me pôs a contar. Eu vinha voltando da venda da estrada Bem perto de mim eu vi um carro parar Aquele ricaço pegou no meu braço Lutei com o caboclo pra poder escapar.
Eu finquei na espora meu burrão tordilho Virei currupio pra trás eu voltei Eu cheguei na praça, lá tava o ricaço Contando com graça tudo o que fez. Eu já fui chegando e o cabra surrando Puxou do revolver, mas tempo não dei No cabo do relho tirei seu galanteio No meio da rua de guasca cortei.
Está ai na porta da delegacia Marrado na chincha do meu tordilhão Lhe entrego o ricaço doutor delegado Quem tiver errado dê a punição
Caboclo vai embora, mas deixe seu relho Vai servir de espelho da grande lição E pra esse homen sirva de exemplo Em mulher os outros não mais por a mão.
Compositores: Joao Salvador Perez (Tonico), Anacleto Rosas Junior (Anacleto Rosas) ECAD: Obra #6758 Fonograma #560132