Da minha vida de peão só recordação eu tenho guardada Da peonada gritando e o berrante tocando chamando a boiada Das tardes quentes de agosto suor do meu rosto coberto de pó De quebrada em quebradas nas longas estradas Só Deus tinha dó.
No estado de Mato Grosso eu era bem moço mas tinha coragem Enfrentei o Pantanal, uma vida infernal laçando selvagem Junto com meus companheiros cruéis pantaneiros tiramos de lá No perigoso transporte encontrando com a morte a cada lugar.
De passo-a-passo a boiada uma onça pintada as vezes seguia Querendo matar sua fome e o cheiro do homem a fera temia O som do berrante manhoso andar preguiçoso da tropa cansada Foi brutalidade, mas tenho saudade da vida passada.
Ao deixar o estradão para o meu coração foi um forte veneno Minha rede macia que nela eu dormia até no sereno Expressos boiadeiros deixou os pioneiros com a vida arrasada Acabou-se o berrante, o transporte elegante E uma boiada.
Compositores: Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro) (UBC), Manoel Nunes Pereira (Peao Carreiro) (UBC)Editor: Latino Editora Musical Ltda. (UBC)Administração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)ECAD verificado obra #89158 e fonograma #9201399 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM