Vinte e seis de fevereiro, pra servir eu fui chamado Novecento e dezenove, até hoje eu tô lembrado Eu segui para são paulo, eu levei meu certificado Me apresentei no quarté, onde eu fui inspicionado O dotor de lá me disse, você vai dá um bom sordado Segue hoje pra caçapava, seu lugar designado
Doze meis e quinze dias, que eu parei em caçapava Lugar frio e de saúde aquele lugar onde eu tava Depois de todo esse tempo, o governo nos chamava Para ir prestar serviço, que a pátria precisava Tudo o que eu ia passar, o meu coração contava Tanto como eu padecia eu também me arregalava
De caçapava pro rio nós seguimos em contingente Cento e vinte sordado e muitos cabos competente E nos carro de primeira, ia o segundo tenente Por quem fomos comandados, uns chorando, outros contente Uns chorava por patife, outros por deixar os parente Mas quem cair nesse artigo é obrigado a ser valente
Até hoje inda me lembro o nome do vapor Que nós fomos conduzidos do rio à são salvador Seiscentos homens e armas, fomos tomando o interior Pra honrar a nossa farda e mostrar nosso valor Fomos todos anquipado pra garantir um dotor Que no estado da bahia queria ser governador
Conheci muitos lugar no navio de passagem Fui ver coisas que eu não via, se não fosse esta viage Nós fizemos na bahia quinze dias de parage Muitos lá até chorava, vejam que grande bobage Quando a pátria nos chama, deve ir e ter corage Assim como eu também fui e fui feliz na minha viage
Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho) (SBACEM)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2006 (09/Abr) e lançado em 1988 (04/Abr)ECAD verificado obra #575629 e fonograma #1071175 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM