Tião Carreiro e Pardinho

Dever de Um Médico

Tião Carreiro e Pardinho

Hoje Eu Não Posso Ir


Minha casa é de caboclo...
Mas mora a felicidade...
Encontrei a preferida...
Rainha da minha vida...
Com ela eu sou tão feliz...
Assim o destino quis...
No jardim do nosso amor...
Nasceu uma linda flor...
Com cinco anos somente...
Menina ficou doente...

Sofrendo uma grande dor...

Em altas horas da noite...
Mandei chamar o doutor...

Eu mandei meu camarada...
Lá em sua residência...
De volta o rapaz dizia...
Que atender-me não podia...
Eu fiquei desesperado...
Mandei de volta o empregado...
Virou nos pés o cavalo...
Dava trovões e estalos...
Mas trouxe o doutor consigo...
Tirando-a do perigo...

Convidei pra pernoitar...

Me falou que tinha pressa...
Necessitava voltar...

Vendo minha filha salva...
Fui com ele até sua casa...
Vi tanta gente só vendo...
Dia estava amanhecendo...
Eu disse a ele contente...
Senhor tem muitos clientes...
Não é verdade doutor...
Vi nele profunda dor...
Suas lágrimas brotou...
Sem resposta me deixou...

Fiquei suspenso no ar...

Pos a mão nas minhas costas...
Me convidou pra chegar...

Quando entrei em sua casa...
Que passei a compreender...
Triste surpresa eu tive...
Quando vi não me contive...
E quanto o doutor sofria...
Tinha perdido uma filha...
Quantos pêsames lhe dei...
Franqueza também chorei...
O doutor me agradeceu...
E depois me respondeu...

O quê que vamos fazer...

Eu fui salvar sua filha...
Para cumprir meu dever...
Compositores: Amado Jacob (Amado Jacozinho) (SOCINPRO), Antonio Jacob (Jaco) (AMAR)Publicado em 1987 (27/Out) e lançado em 1987 (01/Nov)ECAD verificado obra #4329 e fonograma #666827 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM

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