Vivendo assim la no fim entre becos vielas às margens dessa cidade quebrada gueto favela
nascido e criado nela nas ruas de terra na beira do mato onde vale o respeito e mantem no peito os batimentos que eu to ligado
vi aliado virar finado tomando tiro sem ta errado paz pro pombinho saudades sinto depois Danilo futuro riscado
Eu to ligado zé povinho tem de monte atrasa lado aqui é mato e atrás da mascara se esconde
infelizmente é assim sem perspectiva cultura é droga sem talento pra industria no mundo do crime menino decola
empina um pipa joga uma bola a rua de noite é uma escola aprende a cheirar, roubar, matar mina ta teno então chega de esmola
nessa história desigual vários meninos bandidos viraram e a cura é fatal viaturas com cães a mando do estado
captura e arrasta pra uma jaula, caxão lacrado já não cabe em minhas mãos irmãs e irmãos sentenciados
vejo e relato o movimento da quebrada que pra não ser só um zé rouba trafica e mete bala
as ruas do teto dia após dia tem sua face de sangue manchada pois o dinheiro da educação pra conta de um puto foi desviada
ahh eu te pergunto até quando manos meus por migalhas prosseguirão se matando quando que vamos parar pra reparar que o inimigo é o estado tentando te saquear
ahh eu te pergunto até quando as atitudes do governo manterá nosso povo sangrando do nosso teto sinto o mundão rodar com mais arma e menos livro sei que muito sangue vai jorrar
se pá só pra sair da condição de ser pisado o tempo inteiro sendo honesto cidadão
minha quebrada sentenciada cultivando ilusão quer comprar o ostentar incentivado na televisão
controle de população o pó e o crack ronda a perifa oitão na mão é sedução quanto que vale o sopro da vida
vem em dinheiro vale status moda respeito carro mulher importante é o que parece vale nada o que tu é
vários na fé sem fraqueja esse é o talento dos irmão que prematuro desdo berço foi lapidado na função
aprendeu que a policia é inimiga da população tiazinha sempre trampo ainda anda de busão
segue assim periferia mas minha quebra tem solução o governo escolhe policia eu a cultura e educação
pro moleque da quebrada ver seu verdadeiro dom expressar sua revolta com inteligencia evolução
revolução através de suas palavras levar na cyfer, nos riscos, nos traços e no sobrenome sua quebrada
sem corpo na vala sem morte sem arma sagacidade vira problema pois é o sangue da quebra que alimenta o sistema
ahh eu te pergunto até quando manos meus por migalhas prosseguirão se matando quando que vamos parar pra reparar que o inimigo é o estado tentando te saquear ahh eu te pergunto até quando as atitudes do governo manterá nosso povo sangrando do nosso teto sinto o mundão rodar com mais arma e menos livro sei que muito sangue vai jorrar
Minha quebra se quebra Fragilizada por mazelas Implantadas por sequelas Não tão nem aí pra ela
Sem ordem reina o caos Semana após semana Lugar de pobre Governo esnobe, esmaga as esperanças
Mano, nossas crianças Conhecem melhor o pó do que a paz Sem visão de vida, ou perspectiva A rua ensina, mas também forma suicidas
E eu me pergunto o porque de tanta exploração Somos alvos da nova escravidão Vivemos no mesmo mundo Fazemos mesma oração Parecem sentir prazer em nos ver no chão
Nos deram a lama e um coração pulsante Mas esqueceram que é da lama Que surgem os diamantes
Tão vislumbrante o brilho a meus irmãos Tão distante daqui informação e educação Se eles compreendessem que essa tortura carnal Acumula novos karmas, criando o inferno astral
Talvez pudêssemos chegar perto da igualdade E entender melhor o sentido da liberdade Perante a lei nós estamos a margem Perante deus formamos a irmandade
Me diz quem é o justo? E se julgar é necessário? De baixo do nosso teto São formados revolucionários
ahh eu te pergunto até quando manos meus por migalhas prosseguirão se matando quando que vamos parar pra reparar que o inimigo é o estado tentando te saquear ahh eu te pergunto até quando as atitudes do governo manterá nosso povo sangrando do nosso teto sinto o mundão rodar com mais arma e menos livro sei que muito sangue vai jorrar
Aí irmão, se você pudesse enxergar meu coração, qual seria sua reação? A carcaça é necessária, mas seu preconceito não Oprimidos e opressores, no mesmo mundo de valores Me diz quais são os seus Você preza mais a matéria ou se liga a deus? Nesse jogo de ratos por favor não seja mais um Precisamos nos ajudar e prezar pelo bem comum Só o amor poderá nos salvar e essa verdade há muito já foi dita Somos na Terra 7 bilhões pertencentes a mesma família Talvez estejamos distantes e isso nos impessa de sentir Mas só a comunhão social nos fará evoluir! Seu status na Terra não lhe tornará rei No mundo espiritual só ficará em paz quem plantou o bem Em nosso plano provas e expiações são aplicadas E nesses testes, muitas vidas são tiradas O mal habita cada ser desse planeta Mas como tudo tem dois lados O bem é a outra faceta Depende de você escolher a melhor semente A semeadura é livre Mas a colheita é feita obrigatoriamente!
Composição: Thomaz Cauzante e Gustavo Ribeiro Diretriz, Produção Dom