Bom, você mordeu meu lábio, e derrubou primeiro o meu sangue

E vestiu meu gelado, gelado coração

E você escreveu seu nome bem nas minhas costas

Cara suas unhas são afiadas

Não pare

Docinho não pare

Não pare

Querida não pare

Bom, eu adoro seus gritos de paixão

Nas longas e quentes noites de verão

Mas você me temperou com dardos venenosos

E girou em mim a sua faca

Não pare

Docinho não pare

Não pare

Querida não pare

Bom, a única coisa que eu quero pedir a você

É para me passar dar algum orgulho em troca

Não me deixe largado secando

em alguma rua empoeirada

Não pare

Docinho não pare

Não pare

Querida não pare

Docinho

Eu estou perdendo você

Eu sei seu coração está a milhas daqui

Há um suspiro aí, onde antes havia uma tempestade

E tudo o que sobrou é aquela imagem de que eu acharei meu caminho

E algumas memórias esfarrapadas enquanto se despedaçam

Não pare

Não pare

Querida não pare

Querida não pare

Docinho, neném não pare

Docinho docinho

Querida não pare

Querida não pare

Vamos lá docinho, docinho não pare

então querida

Querida não pare

Querida, querida não pare

Meu docinho não pare

Não pare

Não pare...

Por Rafael Rietmann