[dz] É o país do real, onde a realidade é triste Todos passam mal, aqui nem sonho existe Busco na revolta motivo de inspiração Olho tudo o que há em volta de fora da multidão Vejo caras pálidas e sorrisos forçados A todo momento alarmes são acionados Pensamentos bons já não me fazem companhia Tento fazer da dor motivo das minhas rima Me afoguei em lágrimas de sangue Pensei e reparei nada é como antes Tá tudo mudado, nem o céu é o mesmo Mas o escravo remunerado continua sendo preto Ideias na cabeça começam a surgir Penso nas maneiras de poder retribuir Todos os conselhos que me foram ditos Aquilo que anseio não foi prometido Por você, pelo estado e nem por ninguém Não importa a idade, a cor e nem a ordem Nesse mundo ordinario todos morrem sozinhos Humanos cansados retrocedem ao ninho Descarrego meu pente de ideais quentes Recarrego a munição com versos conscientes O mic é minha mira e sua cabeça é o alvo A palavra é a bala e o ouvinte alvejado
A intenção não é matar, é abrir cabeças Querem nos controlar, barrar nossas represas Não adianta lamentar, os erros do passado Não deram importância à relevância dos fatos O tempo passa mas a gente fica Pessoas desavisadas vão ficando sem saída Esse só o começo do fim dos tempos Nossa cota acabou agora são só lamentos Fazem de tudo pra desviar da culpa Racionam seu raciocínio com direito a multa E pena de morte O pobre acusado não conhece o que é sorte Maioridade penal, quer prender a criança Tarjado de marginal aos olhos do segurança Do restaurante gourmet Primeiro prendem os mais fracos Pra depois prender você Essa é a vida de quem busca a morte Procurando uma saída pra que fique mais forte Fazendo escolhas erradas achando que é o certo Passando os outros pra trás, dando uma de esperto Abra seu olho e escuta seu coração Olhe para os dois lados, para achar a solução Do problema que tanto te atormenta E a má atuação do ator em câmera lenta Droga mascarada é comprada com nota Motorista embriagado, mais uma vitima morta Acidente proposital causado pelo alcool Tirando a vida de quem sonhava alto O eterno paradoxo da vida A corrida contra o relógio Pra chegar vivo ao fim do dia Sair do fundo do poço com uma mão amiga Tirar a corda do pescoço que tanto me asfixia A marca da besta do século 21 Sobreviver de segunda a sexta Sendo apenas mais um A vagar pela neblina de uma manhã fria E matar a ansiedade com uma dose de morfina Meritocracia imposta pelo imposto Chegar a linha de chegada pelo lado oposto A famosa corrida entre a tartaruga e a lebre Quem dorme no ponto acorda tarde e perde