Zé da Silva homem forte Também veio lá do Norte Pra miséria esquecer Como toda maioria Ele tinha uma família E vontade de vencer Zé não era homem tolo Um artista do tijolo Sabia o que fazer Pôs as mãos na ferramenta E a cidade barulhenta Não parou de crescer
Num dia de pagamento O Zé vinha feito vento Tinha pressa de chegar Levava com alegria Um presente pra Maria E a mistura pro jantar Fim de tarde, noite fria Uma voz que lhe dizia Passe a grana ou vai dançar Oh! Meu Deus que agonia O Zé volta no outro dia Tinha que recomeçar
Mais um dia de serviço O Zé chega feito um bicho Pra encarar o mundo cão Trabalhou feito um jumento Roubaram seu pagamento O que fazer só com a razão Mesmo ferido por dentro As mãos sujas de cimento Vai construindo o progresso Porque apesar dos pesares Zé da Silva são milhares Nesta selva de concreto
Zé da Silva Brasileiro Na profissão de pedreiro É um artista do cimento Raça que ninguém segura Não entrega a rapadura Apesar do sofrimento Raça que ninguém segura Não entrega a rapadura Apesar do sofrimento
Compositores: Alcino Alves de Freitas (Alcino Alves) (SOCINPRO), Lauro Natel de Oliveira (La-natel) (SBACEM), Lazaro Jose Bernardo Terra (Alencar) (ABRAMUS)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 2006 (26/Mai) e lançado em 1998 (04/Fev)ECAD verificado obra #68999 e fonograma #1065233 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM