AQUELE VELHO QUE O POVO TANTO COMENTA QUE JÁ PASSOU DOS SETENTA E NÃO PERDEU O COSTUME SO SAI A NOITE ATÉ PARECE UM MORCEGO EM CASA NÃO DÁ SOSSEGO E A VELHA TEM CIUME
VIVE CHAMANDO A VELHA DE CASCA DE JACA FALADEIRA MARITACA ELE É LEVADO À BRECA VAI NO FORRÓ E GASTA A SOLA DO SAPATO LEVA AS GATINHAS PRO MATO CHEGA EM CASA SEM CUECA
LA NO BAILÃO O VELHO É UM CURISCO DANÇA VANEIRÃO E XOTE PULA IGUAL UM TICO TICO
UM DIA DESSES CHEGOU EM CASA GEMENDO COM A COSTELA DOENDO DE DORMIR NO XILINDRÓ TAVA ESFOLADO DA CANELA ATÉ O PESCOÇO TUDO CHEIO DE CAROÇO E A VELHA TEVE DÓ FEZ UM CHAZINHO DE HORTELÃ E CANELA PRO VELHO DORMIR COM ELA TAVA QUERENDO NAMORO ELA ENCOSTAVA ELE SAÍA DE LADO tá DOENDO tô QUEBRADO HOJE EU NÃO DÔ NO COURO
O VELHO DISSE COM TODA SINCERIDADE QUANDO VOU LÁ PRA CIDADE É PRA VER AS MINHAS FÃS DEIXE DE BRIGA PARE COM ESSE ALVOROÇO VEJA QUE AINDA SOU MOÇO MINHA VELHA EU SOU GALÃ SOU VACINADO CONTRA QUALQUER REUMATISMO NEM REZA E NEM FEITIÇO FAZ EU DEIXAR A GANDAIA TENHO CERTEZA QUE EU NÃO FICO PRA SEMENTE MAS QUERO MORRER CONTENTE EM CIMA DE UM RABO DE SAIA
Compositores: Aldair Teodoro da Silva (Teodoro) (UBC), Jose Dercidio dos Santos (Praense) (ABRAMUS), Jose Feliciano de Faria (Pinhalao) (ABRAMUS)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 2006 (26/Mai) e lançado em 1996 (17/Jul)ECAD verificado obra #2232 e fonograma #1064833 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM