Teixeirinha
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Rei do Baralho

Teixeirinha

Warner 30 Anos: Teixeirinha


Eu fui o rei do baralho, homem de má intenção.
Jogar carta e beber cana era minha inclinação.
Quando eu sentava no jogo, sentava de prevenção.
No sinto um "revolve smith", muita bala e um facão.

Já bebia uma cachaça misturada com limão
Puxava o chapéu pros olhos e misturava o carvão.
Roubava uma carta e duas, jogava outra no chão
Botava outra no bolso, tava feita a "tapeação".

Um parceiro ou outro via, já me chamava atenção
De bravo eu virava a mesa, me chamavam de ladrão.
Outro mais gato gritava terminem com a discussão
Seguia o jogo de novo,vergonha não tinha não.

Quando amanhecia o dia não me restava um tostão
Chegava em casa com sono já dava outra explosão
A mulher pedindo roupa, os filho pedido pão
E eu não tinha pra dar, que maldita profissão.

Um dia minha filhinha, me agarrou pela mão
Papai você me acompanha pra uma apresentação
E me levou numa igreja onde reina a devoção
Me apresentou para o padre que me fez a confissão

Depois de muitos conselhos eu chorava de emoção
Tomei a hóstia sagrada, e a santa comunhão.

Daquele dia pra cá, tenho Deus no coração
Nunca mais peguei baralho, me livrei da tentação.

Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha)
ECAD: Obra #6763 Fonograma #2499468

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