A minha vida mudei ela derepente
Inteligente nĂŁo precisa trabalhar
SaĂ de casa sĂł no peito e na coragem
E caà na malandragem fui aprender a dançar
Primeira noite eu entrei numa boate
NĂŁo dou nada por empate e uma dona fui tirar
Eu rebolava que dava nĂł nas cadeiras
E a mulata faceira de mim começou gostar
E nĂŁo sou trouxa passei a conversa nela
Tomei o dinheiro dela fui pra uma mesa jogar
Os malandruchos nĂŁo entenderam a camanga
Com quatros cartas ma manga eu sĂł tinha que ganhar
Na outra noite jĂĄ entrei noutro ambiente
Distintamente mais levei meu violĂŁo
Meu terno branco colarinho engomado
Malandrinho diplomado com uma noite de função
Cantei um samba de adelino moreira
Começou a brincadeira quando prestei atenção
Os malandruchos que tinham sido explorados
Com a mulata do lado me pediram explicação
Entrei na briga dei pernada dei rasteira
Quatro ou cinco na poeira eu fiz rolar pelo chĂŁo
Chegou a cana depois que eu tinha engrossado
O salĂŁo todo quebrado me levaram pra prisĂŁo
O delegado era meu chapa meu amigo
Tirou o castigo fui pra farra novamente
De terno novo com uma gravata rocha
Com o dinheiro dos truxas entrei numa diferente
Quanta mulher, quanta bebida, quanto jogo.
Fingi que cheguei de fogo mas estava consciente
Sorria muito me fazia humanitĂĄrio
Ia firme no otĂĄrio e chamava de parente
Hora jogava, hora bebia, hora dançava
Quanta mulher que sobrava pro malandro inteligente
Certa manhĂŁ eu levei um susto danado
Na cama fui acordado com a mary em minha frente.
Falado mary:
âlevanta teixeira, nos temos que viajar
Hoje tem fandango no c.t.g.osĂłrio porto em passo fundoâ
Falado teixeira:
âque fandango, que nada, sanfona jĂĄ era
O meu negĂłcio agora Ă© pandeiro, cavaco, tamburim e violĂŁoâ
Falado mary:
âque cavaco pandeiro nada rapaz
VocĂȘ Ă© o teixeirinha
Um homem direito o grande cantor regionalista.
VocĂȘ se bateu a noite toda, sonhou tolicesâ
Falado teixeira
Ă mesmo?
Canta teixeirinha:
Muito obrigado dona mary terezinha,
Acordou o teixeirinha ,
Foi um sonho minha gente.