Ouça meu grito Invadindo os teus ouvidos Tomando a sua casa e tocando lá no seu radin Se o que eu digo lhe fizer algum sentido É porque o sangue de rainha ginga e ainda corre em mim Simples assim, os meios irão justificar os fins E as manas e minas que colam comigo também tão afim Vim dessa voz ouvida e não mais oprimida Equalizada por todos cafundós e confins
Eu fui até o pelorin pra entender O que já nasci sabendo mas preciso comprovar pra crer Que todo axé que faz minha pele tremer É a força que me trará transcender pra acender Uma fagulha ou um pavio que transforma em uma revolução Um lacre primaveril É engraçado mas não é brincadeira, viu? Não toleramos mais o seu xiu
Ouça-me, ouça-me, ouça-me (Vai presta atenção) Ouça-me, ouça-me, ouça-me (Vai presta atenção) Ouça-me, ouça-me, ouça-me
Eu tentei falar baixinho mas ninguém me ouviu Eu tentei com carinho e o sistema me agrediu Então eu grito! elevo o meu agudo ao infinito! Pra mim não tem dilema Se tá difícil eu explico
Não tem coragem de reconhecer o próprio erro Não são capazes pois querem sair e sair ilesos Eu sou a resposta e a pergunta do seu desespero O que eles tem de idiotice meu som tem de peso Meu rap é crespo, melanina nesse rolê Meu rap é bom, o que já não faço questão de ser Eu vou ser ruim que é pra você perceber Se não me dar o valor ceis vão pagar muito caro pra ver
A revolução será crespa E não na Tv A revolução será crespa Doa quem doer A revolução será crespa E você pode crer Não podem conter, não podem conter
A revolução será crespa E não na Tv A revolução será crespa Doa quem doer A revolução será crespa Quem vai pagar pra ver? Não podem conter, não podem conter
Compositores: Carlos Eduardo Alves da Rocha (Grou), Tassia dos Reis Santos (Tassia Reis), Renan Assuncao Sabino (Dia) ECAD: Obra #22036479