Já ouvi a conspiração entre a caneta e o caderno Fiz da inspiração o meu grande amor eterno Dela não me divorcio, prometi a mim mesmo já se tentou afastar, mas regressou para sempre
Sou o compromisso entre o jurar e a promessa A fase que se foi e a fase que se atravessa No meio de sonhos esquecidos e sangue derramado A esperança sobreviveu e com ela levanto o sorriso fechado
Sou o que sou e não me esforço-me para o ser vejo o que vejo e esforço-me para não o ver Sou a tinta na caneta que nunca mais se esgota Escrevo certo, escrevo tudo, escrevo direito por linhas tortas
Dias e dias fiz de mim um aprendiz Disse o que nunca quis e relatei.o por um triz Sentimentos mistos entre Deus e o demonio A relação é estranha mas nela habita o meu ódio
Esperei tantos anos e o momento chegou A brisa esfriou, exaltou-se mas acalmou Como enfrentar a morte de tão proximos como a alma Criterio de cabeça levantada fez-me ter calma
Fiz de mim um texto que não imaginavas ler Criei um conhecimento que não pensavas saber Num olhar de desespero à procura de salvação Enganado pela traição e con(fodido) com a união
Num clima depressivo, excessivo em sentimentos Prevejo o trancar do quarto por breves momentos Olhar para o caderno e descarregar o que está dentro Por mais que tente nunca nada sai diferente
Faz parte de mim não aceito o que me rodeia Viajei na lua e no sol ... morri na areia Com a mensagem dita na rocha da minha prosa Levanto-me, arrebento o mic e vou porta fora
E eu sinto-me apreensivo , penso, não decisivo tenso, é como me expresso e sempre assim que penso caralho que é que faço a alma tá fodida magoada sentida e relida pela vida
a ferida já se abriu e eu com fechar de olhos e ela já sentiu e eu num abrir dos esporos senti o que ela sentiu ouvi um chegar de corvos
uma imensidão de vozes negativas apenas abafadas por uma só voz a de quem canta este som com uma força de dois
P.S : Espero que esteja tudo correcto, fiz o meu melhor.