Me vejo no fundo do quarto fazendo rima
Observando, vivendo, tentando dar volta por cima
Com a mente mais inflamavel que oxidante
No meio do breu, longe de tudo
Vivendo a poesia de instante
Vejo a sombra do meu quarto
Virando vulto
Percebo que a voz na minha mente
Talvez seja um mal oculto
É foda ver a familia de luto
Angustia no meu peito a acada minuto
O ponteiro do relogio, pesado
Demorando pra passar
Pra relaxar observo a fumaça no ar
Vivendo entre linhas
Sem fumar do seu maço
Simplesmente mandando a mensagem em cada traço
A lua cheia iluminando vai meu chão
As cartas do baralho é a sorte na minha mão
Se o rap é a minha vida
Viver é minha missão
Então vai e deixa fluir
Feche o seus olhos
Crie forçar pra perseguir
E aquela história
De foco, força, fé?
Nunca desista de se manter de pé
Os incomodados
Que mudem o mundo
Por que é muito facil reclamar a cada segundo
Eu sou oriundo, lá do submundo
Pra uns sou cafajeste
Pra outros vagabundo
Percebi que não crio o rap
O rap é quem me cria
Que o meu chão é minha familia
Em meio brigas e alegrias
Agradeço a Deus pelo dom de falar
Por sair direto do nada
E consegui me levantar
Tudo muda em 24 horas
Você vai embora
Sua mãe ora pra nossa senhora
Se pergunta e agora oque vai aconter?
Vou lutar pelos meu sonhos ou lutar pelo porder?
E se o dinheiro aparecer eu vou me corromper?
Esperando o amanhecer sem superstição
Fugindo dos gato preto, com o trevo na mão
Evitando o azar, mesmo sem acreditar é melhor não arriscar
Vou escrevendo a minha história num só pergaminho
Sei que não vai ser facil pois é estreito o caminho
O silencio que mata pertuba meu pensamento
Vou vivendo de momento
Correndo contra o tempo
Na direção do vento

Não tenho contradição, eu vivo minha missão
Abrindo o olho da verdade de quem luta por cifrão
Em meio a poluição fumaça destroi o pulmão
Mas é tudo o que eu preciso pra acalmar meu coração

A lagrima escorre pesando uma tonelada
Garganta ressecada
Mente atormentada
Surgindo direto do nada
Pra relaxar eu fujo e vejo o por do sol
Mas como vou relaxar vendo os menor no farol?
Entre rosas e adagas
Palavras mal faladas
Ações mal interpretadas
Faca nas costas de graça
Tudo pelo cifrão
Pra escapar desse mundo
Eu caminho sem direção
Dou um gole na bebida
Minha mente é consumida
Minha alma é esculpida
A mensagem é fornecida
Percebida, recebida
E as cidades
Trancadas em grades
Pessoas lutando pela liberdade
Num mundo que não existe mais lealdade
E a história tem varios lados
Mas nenhum falam a verdade
Direto do nada subo degrau em degrau
Com um transtorno mental
Minha alma em condicional
Viver é fundamental
Dou mais um gole na bebida
Meu dia dia é um ritual
Vejo uma nota de 100
Causar uma revolta global
Sem ar no pulmão
Com o coração fraco
Por causa da poluição e o execesso de tabaco
Com o espiro opaco
Trago tudo até a brasa
O colirio de água benta fica por conta da casa

Não tenho contradição, eu vivo minha missão
Abrindo o olho da verdade de quem luta por cifrão
Em meio a poluição fumaça destroi o pulmão
Mas é tudo o que eu preciso pra acalmar meu coração