Sussa de Monteiro
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Vida Minha de Gado

Sussa de Monteiro


Moço ando muito aperriado eu sou um pobre coitado
Lá do Sertão Nordestino
Moço, tudo que eu tinha se foi
Uma vaca, um bezerro e um boi
E logo depois a mulher e o menino
Moço eu tinha de quase tudo era um terreno miúdo
Bem pertinho da ribeira
Moço, mas uma seca danada me deixou quase se nada
Não tive nem como fazer minha feira
Moço, com fome ali dentro do mato
Tive que vender barato
Meu pedacinho de chão
Moço, pois só deu para comer
Disse, o que vou fazer
Rezei pro Senhor e veio a solução
Moço, fui trabalhar de vaqueiro
Nem tanto pelo dinheiro
Por um prato de comida
Moço, o tempo foi descambando
E a vida de gado passando a fazer parte da minha vida
Moço, era tudo que eu queria, paz sossêgo e harmonia
Pra mim: a maior riqueza
Moço acordava com o gado berrando
Parecia estar me chamando
Para ir a luta e abraçar a natureza
Moço, fui um vaqueiro afamado
Era muito respeitado por toda região
Moço, mas eu fiz uma besteira
Depois de uma bebedeira, fui me engraçar
Com a filha do patrão
Moço, fui mandado no mei da rua
Selva de pedra, não vi mais a lua
Sem trabalhar de bobeira
Moço, pense num sofrimento
Se matasse o arrependimento
De mim não restava nem a poeira
Moço, peço até por caridade
Não me deixe na cidade
Me leve de novo pra junto do gado

Composição: Sussa De Monteiro

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