sukya || porno

Aporia

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Aos que nunca compreendi
E sei que nĂŁo vĂŁo se calar
Que abracem qualquer confusĂŁo
Que o desarranjo seja paz

Aos que nunca compreenderam
E guiam-se por postulados
Que entendam que nĂŁo hĂĄ arrimo
E a voz que escuta estĂĄ abafada e sem tom

Essa voz nĂŁo vai cessar
Nem quando o tempo clarear
A essĂȘncia se desfaz do som
E a tinta borra o meu papel

NĂŁo hĂĄ nada pra entender
Bastonetes sĂł revelam
Cenas turvas desfocadas

Um estranho na calçada
Que se esquiva de um olhar
NĂŁo entende o valor que esse espelho tem
O silĂȘncio mostra o real

"As almas sĂŁo incomunicĂĄveis
Deixa o teu corpo entender-te com outro corpo
Por que os corpos se entendem, mas as almas nĂŁo"

Mais um gole de discurso
Meus excessos, seus sermÔes
Se eu ouvisse o que o mundo trova
Seria um dom

Outro estranho na calçada
Que se esquiva de um olhar
NĂŁo entende o valor que o silĂȘncio tem
Mas eu corro desse espelho pra evitar os sons da mente

Composição: Giovani Baroni

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