Silveira e Silveirinha

Caboclo Triste

Silveira e Silveirinha


Numa tarde de abril
Do céu lindo azulado
No seringal do Amazonas
Vi um caboclo magoado
Chorando da triste sorte
Perguntei do seu passado

O caboclo respondeu
Seu moço, tô desprezado
Eu tinha vinte e um anos
Um rapazinho invocado
Pra deixar o Ceará
O lugar que eu fui criado

(“Lá deixei Maria Flor
Que era meu bem amado
E pro nosso casamento
Deixei tudo combinado
E vim cá pro Amazonas
Pra ficar rico e afamado

Deixei a minha mãezinha
Com quem eu tinha cuidado
E vim cá pro Amazonas
Que é um lugar desertado
Me decaí com doença
Gastando o que foi ganhado”)

Trabalhei vinte e dois anos
Sem ver nem o resultado
Dinheiro pra mim voltar
Não achei nem emprestado
Não vejo a minha mãezinha
E Maria, meu bem amado

Eu sei que chegou meu fim
Fim de um desaventurado
Já perdi todas as minhas forças
Já tô véio acabrunhado
Só espero deste mundo
É o meu fim determinado

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Silveira

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