O muito que era muito em um minuto, Fez olhar para o futuro e me fez cair O espelho quebrado da sociedade que reflete a vergonha de toda uma cidade
Um rolé, uma festinha olhando na calçada uma pessoa a pedir Revirando lixo, caçando o almoço Enquanto em Brazília, porcos enxem os bolsos Vivem tranquilamente felizes
Uma mãe e um pai que no desespero, trabalham o dia inteiro para fazer o filho sorrir E muitos que não tem oportuniade se envolvem com as drogas e vivem a fugir
Tranquem as portas E fechem as janelas A bomba, já vai explodir Fecho os olhos E deito na cama Mas não, consigo dormir
Observe os jornais, mais um cartão postal Que virou um alvo normal para se destruir Olhe o painel, mais uma pani Procure um lugar O avião já vai cair
Uma ordem saiu do gabinete Montem todos, hoje vamos nos divertir Lugar chamado de favela Que virou campo de guerra é muito fácil de subir
Não se preocupem em mandar bala E depois joguem na calçada, essa é a missão Depois funcionários laranjados a mando do prefeito Sobem com um balde e limpam o chão
Tranquem as portas E fechem as janelas A bomba, já vai explodir Fecho os olhos E deito na cama Mas não, consigo dormir
Eu sou o senhor ambição! Qualquer um que se opor morrerá! Está é minha decisão Não tente fugir, não tente escapar Os impostos, sempre conseguirão Te derrubar! O racismo, preconceito social Não é algo banal, não se queixe É algo apenas cultural
Onde já se viu, em um país de encantos mil Transformando diversão em porcaria de um 'créu' E o Brasil, tentando não enxergar Que crianças são levadas para porra de um bordel!
Tranquem as portas E fechem as janelas A bomba, já vai explodir Fecho os olhos E deito na cama Mas não, consigo dormir